Mulher

Ao longo de suas vidas, as mulheres enfrentam alterações hormonais e físicas que demandam o acompanhamento próximo do ginecologista. Desde a primeira menstruação, passando pela correria da vida adulta, até as transformações da menopausa, as consultas de rotina com o ginecologista são fundamentais no cuidado com a saúde da mulher.

Muitas vezes, o termo menopausa é empregado para descrever o climatério, que é a transição na vida da mulher entre a fase reprodutiva e fértil para o período não reprodutivo. A menopausa é, a na verdade, uma data: a da última menstruação, definida após um período de 12 meses sem ciclos.

Em geral, ela é precedida por um período de irregularidade menstrual, em que os ciclos se tornam mais curtos em um primeiro momento e, depois, são mais espaçados. Os sintomas variam de mulher para mulher. Existem também diferenças culturais atreladas a esse fenômeno. No Brasil, é muito frequente as mulheres na transição menopausa/climatério apresentarem sintomas característicos, como as ondas de calor (fogachos), alterações do sono (especialmente insônia), diminuição da libido e lubrificação vaginal, alteração do humor, além de traços depressivos.

Muitas mulheres passam por mudanças em alguns dias ou semanas que antecedem à menstruação. Cerca de 85% queixam-se de alterações no período pré-menstrual. Quando isso chega a causar problemas que afetam o cotidiano, podemos defini-las como síndrome de tensão pré-menstrual (TPM). Os principais sintomas são: irritabilidade, inchaço, choro fácil, dor nas mamas, distúrbios alimentares e de sono.

Embora a causa desse fenômeno seja desconhecida, existem tratamentos eficientes para grande parte do público feminino. Modificação dos hábitos à mesa, atividades físicas e técnicas de relaxamento fazem parte do conjunto de medidas para melhorar a TPM. Há também a síndrome disfórica pré-menstrual, com sintomas ainda mais severos. Converse com seu médico, ele pode ajudar.

É um tratamento e, portanto, deve ser oferecido àquelas mulheres que necessitam dessa suplementação, desde que não apresentem contraindicações.

Existem muitas formas de fazer a reposição hormonal, usando diferentes tipos de hormônio: com estrógenos, progesterona e androgênios, quando indicados. Ela pode ser administrada por diversas vias, incluindo comprimidos, gel transdérmico ou vaginal, implantes hormonais, DIU hormonal e adesivos aplicados à pele.

O tipo de hormônio a ser utilizado, bem como sua dosagem, forma de administração e o tempo de uso serão determinados pelo médico após avaliação criteriosa, sempre valorizando a queixa da paciente e levando em conta suas necessidades e riscos individuais.

Uma nova estratégia para melhorar a vida sexual feminina, especialmente à medida que os hormônios sexuais vão naturalmente diminuindo, começou a ser usada no Brasil. É o Fotona, um laser não ablativo, ou seja, que não queima. Sua aplicação trata a atrofia da parede da vagina, condição que causa dor durante o sexo.

O laser é aplicado dentro da mucosa vaginal por meio de uma ponteira específica, promovendo o intumescimento do tecido da área com aumento da vascularização, maior produção e remodelamento do colágeno, proteína que sustenta a pele. Além disso, em geral também melhora a lubrificação vaginal. As aplicações são feitas em consultório, sendo necessárias de uma a três sessões, com intervalos de um mês.

Além da atrofia vaginal, o laser melhora significativamente a incontinência urinária de esforço, condição muito frequente e que incomoda a maior parte das mulheres que a apresentam. É uma opção pouca invasiva, permitindo que a paciente retorne às suas atividades logo depois da aplicação.

A sexualidade é parte fisiológica e fundamental para a maioria das mulheres em busca de equilíbrio físico e emocional. No entanto, existem muitos assuntos ainda vistos como tabu ou motivo de vergonha, o que faz com que muitas não falem sobre isso e não procurem ajuda.

Em sexualidade não existe conceito de normal ou anormal, é o conjunto de práticas, comportamentos ou atitudes que causam sensações de prazer, tranquilidade e felicidade.

Infelizmente para outras mulheres é causa de sofrimento. Quando o sentimento gerado é de tristeza ou dor, seja física ou emocional, é importante ir atrás de auxílio e conversar sobre isso durante a consulta ginecológica.

As principais queixas das mulheres são a falta de libido (desejo hipoativo), ausência de orgasmo (anorgasmia) ou alguma dificuldade do parceiro, como disfunção erétil e ejaculação precoce.

Em geral, é indicado ir ao ginecologista pelo menos uma vez ao ano, especialmente após a primeira menstruação, mesmo que não exista uma queixa específica. Isso porque há doenças silenciosas, principalmente na fase inicial, sendo feito o diagnóstico durante a consulta ginecológica. Além disso, pode-se realizar promoção de saúde com identificação de fatores de risco para problemas futuros.

A consulta de rotina inclui a anamnese (conversa sobre sinais e sintomas que porventura estejam acontecendo), exame físico geral e exame ginecológico, com a coleta do exame preventivo de câncer do colo do útero (Papanicolaou), quando indicado. Os testes complementares, como os de sangue (incluindo aqueles para avaliação da saúde global, colesterol, função da tireoide, hemograma, dosagem de ferro, entre outros), de urina e os de imagem (ultrassonografia e mamografia, por exemplo) devem ser individualizados e solicitados conforme a necessidade.

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